O Ar que ele respira me decepcionou um pouco, pois a historia de Tristan e Lizzie não me envolveu. O início do romance foi muito corrido e mal trabalhado. Claro, não começou muito romântico, cada um estava fingindo que o outro eram outras pessoas, mas a forma como começou foi muito mal desenvolvida e corrida demais. O incio deixa uma expectativa de saber logo como eles vão se aproximar realmente, mas isso acontece de uma hora para outra sem muitos diálogos para contextualizar e dar veracidade.

Tristan é um cara fechado que não dá satisfação a ninguém e não é nem um pouco simpático, mas essa história de chama-lo de monstro não me convenceu. Tudo bem, quem mais o chamava de monstro era um personagem ciumento, mas mesmo, mas a fama dele na cidadezinha era exagerada. Outro ponto é que a aproximação dos dois protagonistas não é muito convincente, pois acontece do nada,Tristan todo lá arrogante e chato com Lizzie e de repente dá um beijo nela, sem que mal tivessem se falado, isso foi muito fora da realidade.

O final pareceu mais o último capítulo de uma novela. Apesar de ter gostado do foto de ter sido mostrada a personalidade doentia do cara obcecado por Lizzie de uma maneira gradual, deveria ter sido mostrado mais, pois ele ficou lá esquecido por varias paginas e aparecia de vez em quando para somente no final realmente mostrar sua importância.

Afinal "O ar que ele respira" é um livro que tem sua qualidade ao mostrar duas pessoas reconstruindo a vida através do amor depois de uma grande perda, mas peca pela falta de um grande conflito, pois este só veio ocorrer nas últimas páginas. Claro isso é uma opinião minha, e talvez seja porque esse tipo de romance não é o meu favorito.

Castle é uma série de televisão americana do gênero Ação/Aventura, e Drama produzida e exibida pela emissora  ABC, é do tipo procedural, ou seja, um caso por semana. Muita gente pode até torcer o nariz para esse formato, por ser repetitivo e chato, mas Castle não sofre desse mal, pelo menos em sua maior parte. A série acompanha o escritor de mistérios Richard Castle (Nathan Fillion) e sua história tem inicio quando o protagonista conhece a detetive Kate Beckett (Stana Katic) e passa a acompanha-la na investigação de um caso de assassinato que parece ter sido inspirado nos crimes narrados em seus livros. Daí em diante a detetive não se vê mais livre dele.

A série conta com personagens muito carismáticos, a começar pelo seu protagonista que leva o nome do show. Richard Castle é engraçado, meio maluquinho, intrometido, mas muito inteligente. Suas habilidades de observação já ajudaram muito a equipe da detetive Beckett a solucionar assassinatos, apesar dela negar a relevância do escritor no início.

Outro ponto forte dessa sériezinha que é um amor, está em sua outra protagonista: Detetive Kate Beckett. Kate é uma policial durona, e é considerada a melhor detetive de homicídios do 12º distrito, também é a mulher mais jovem a se tornar detetive. Quando Castle resolve acompanhar seu trabalho para ajudar a escrever seu novo livro, ela odeia a ideia, mas logo se acostuma com sua presença.

Mas nem só de casos semanais sobrevive Castle. A série tem uma "storyline", muito boa e bem desenvolvida, que é a investigação sobre o assassinato da mãe de Kate. Toda a dificuldade para descobrir quem mandou matar a advogada te deixa apreensivo e querendo mais e mais episódios sobre o tema. A obsessão de Kate é bem angustiante e trás uma profundidade grande para a personagem, o que a torna uma das coisas mais interessantes da série.

Por fim, preciso falar sobre um pontos mais altos da história, que é o romance entre Castle e Beckett. Sim! Assim como muitos casais típicos de séries policiais, Castle e Beckett demoram muito a ficar juntos, foram necessárias 4 longas temporadas para finalmente os fãs terem o que tanto queriam.  Os dois rendem um dos melhores OTPs desse universo serienático. Casckett tem muita química, e é muito engraçado e fofo e mesmo após ficarem juntos, a relação ainda é algo atrativo na história e a série não fica sem graça, como acontece com tantas outras ~~Bones por exemplo~~.



Castle pode ser cheia de episódios que são pura enrolação, mas é cheia também de episódios interessantes, angustiantes, e divertidos também. Para quem é fã desse tipo de trama, é uma dica perfeita. (exceto pelo final um pouco fraco, mas isso é assunto para outro post).

A primeira temporada mostra a investigação de um caso envolvendo um serial killer, que tem ligações com um antigo caso investigado por Marcella. Ao longo dos episódios visualizamos os desgaste psicológico sofrido pela protagonista. Ao seguir a amante de seu marido até sua casa, Marcella se envolve perigosamente com o crime (ou pelo menos ela acredita se envolver). Devido ao estresse que está vivenciando, a detetive começa a sofrer de apagões. E situações de fúria e puro descontrole, ela sai de si, fica violenta, e logo depois tem um apagão, de repente se vê desnorteada e sem nenhuma lembrança do que ocorreu.

Apesar desse problema, Marcella é muito competente no seu trabalho, inteligente não se deixa enganar facilmente. Ela vai atrás das provas e sempre acaba descobrindo pistas. Ess é um ponto forte da protagonista, e é também algo muito comum em séries do gênero: Um detetive perturbado psicologicamente, porém imbatível no trabalho.

Personagens e tramas secundárias:

Um problema que incomoda muito na hora de assistir essa série é a quantidade de tramas secundárias, que apesar de estarem de alguma forma conectada com o caso investigado, deixa a pessoa confusa e é muitas vezes irritante. Outra coisa que pode ser considerada um defeito é a irrelevância de vários personagens, como por exemplo a equipe da polícia, parece que se Marcella trabalhasse sozinha não ia fazer diferença, pois quem resolve os crimes é somente ela. 

Ainda tem o marido Jason Backland que é um embuste, dá muita raiva de ver a protagonista sofrer por ele e estar sempre disponível para ampara-lo. Ainda bem que na segunda temporada ela se dá conta do caráter desse ser desprezível.

Motivos para ver Marcella
Nos episódios iniciais da primeira temporada pode ser que você seja atingido por uma vontade enorme de desistir, pois o cenário frio e cinza e a solidão sufocante da personagem causam um desconforto grande, mas é recomendável insistir. A trama e a investigação são muito interessantes, há reviravoltas, mortes e a perspicácia da protagonista é instigante. O desfecho do caso não é o mais original (dependendo da quantidade de séries policiais que você tenha assistido, isso é mais fácil de perceber), mas isso não se torna um problema que prejudique a série. Um grande motivo para assistir também é a atuação de Anna Friel, que interpreta a protagonista Marcella Backland, a atriz está maravilhosa no papel e entrega uma atuação, que no meu ponto de vista, está muito bem construída, tanto que ganhou um Emmy internacional.

A série já está em sua segunda temporada, que conseguiu consertar alguns dos problemas vistos na primeira, como um melhor desenvolvimento nas tramas secundárias. O final é sufocante e ao mesmo tempo provocante, te deixa com muita vontade de assistir mais. E segundos algumas noticias que vi, a terceira temporada foi confirmada. Difícil vai ser esperar para ver essa detetive em ação novamente, e espero que no seu melhor momento.